Em algum momento da infância, você percebeu que ser você tinha um preço.
Talvez fosse um olhar de reprovação, uma bronca por ter sido “difícil”, um silêncio gelado quando expressou o que sentia.
Então você aprendeu, como todo ser humano faz diante da dor a se proteger.
A partir dali, começou a moldar uma versão de si mesmo que coubesse no mundo.
Menos intensa.
Menos espontânea.
Menos verdadeira.
E foi assim, aos poucos, que nasceu a ferida da autenticidade.
O preço de ser amado
Toda criança precisa de duas coisas para sobreviver: pertencer e ser amada.
Mas quando o amor está condicionado: “eu te amo se você for calmo, obediente, forte, boazinha”, a criança entende que precisa renunciar a partes de si para não perder o afeto.
Esse pacto invisível, firmado ainda no início da vida, é o que faz muitos adultos hoje viverem confusos:
- sentem que não se encaixam em lugar nenhum,
- têm medo de serem julgados,
- e carregam uma sensação constante de estar vivendo a vida errada.
Não é falta de coragem. É medo de perder o amor. Porque, lá atrás, ser autêntico foi perigoso.
O eu adaptado
Com o tempo, esse falso eu se torna uma segunda pele.
É o personagem que sabe o que o outro quer ouvir, que busca aprovação antes de agir, que se culpa quando precisa se posicionar. Ele até parece forte, mas vive exausto, porque sustentar uma versão de si é como tentar respirar dentro de uma máscara.
O corpo sente.
O peito aperta, o sono foge, o prazer desaparece.
A alma grita: “eu quero voltar a ser eu.”
A cura começa quando você para de se explicar
Curar a autenticidade ferida não é sair gritando suas verdades ao mundo.
É fazer o caminho de volta para dentro, reencontrar aquilo que você deixou de ser para sobreviver.
É permitir-se sentir de novo, mesmo o que é incômodo. É aprender a desapontar sem culpa.
É entender que quem você é não ameaça o amor verdadeiro, apenas desmonta o amor condicionado.
O reencontro com o eu real
Toda cura passa por um luto: o luto de quem você precisou ser para ser amado.
Mas é desse luto que nasce a liberdade.
Porque o trauma te ensinou a esconder,
mas a cura te convida a se revelar.
Ser autêntico é um ato de coragem espiritual.
É devolver ao corpo o direito de existir inteiro.
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